segunda-feira, 31 de outubro de 2011

As surpresas que um grande jogo esconde


Casa cheia, chuva forte, último jogo do mês, Ranking disputado. Os ingredientes do jogo da terça-feira passada, dia 25, davam um verdadeiro tom de Gauchão ao futebol da Libanesa. Dinho já afiava suas chuteiras para apóia-las no pescoço dos avantes mais serelepes, mas não precisou jogar: o trânsito insuportável da capital gaúcha não venceu a fome de bola dos peladeiros, que lá estavam, perfilados, 17 valentes jogadores, pontualmente às 21h, esperançados da vitória.

O jogo começou eletrizante, e a constante troca de jogadores do sistema cinco-minutos-pra-cada-um dava contrastes à partida: ora o time de colete mostrava superioridade, ora era avassaladoramente atacado.

E foi exatamente assim que começou o jogo: no time sem colete, os novos papais Leandro, Mateus, Zanatta e Bonamigo abandonaram suas esposas em casa, deixaram de lado as fraldas sujas, as crianças chorosas e as noites mal-dormidas, e iniciaram com um acachapante 4 x 1. O capitão Léo, do time amarelo, não escondia sua frustração e sensação de impotência diante dos passes sinuosos do quadrado mágico sem colete.

Mas, aos poucos, o quadrado mágico foi virando um redondo trágico, e os amarelos chegaram lá. Com a bravura dos grandes, com a solidez de Léo, Gian e Guilherme e as boas defesas de Brito, o time de coletes virou espetacularmente para 7 x 5. Xuxa, que é dentista mas nas horas vagas trabalha como gogo boy (como prova a foto ao lado), tentava seduzir a meta de Guido com uma samba-canção da Tommy Hilfiger e seus já tradicionais chutes de dedão. O meio-campo funcionava e Pedra fazia a parede. O time conseguiu manter a vitória até o final, uma vitória consagradora que comprova, mais do que nunca, que o futebol é uma caixinha de surpresas.
E que o guarda-roupas do Xuxa também é.


Bruno vai se esconder no mato e até já reforçou
seu estoque de repelente
Bruno não apareceu, e contrariado com o sacode que o Flamengo levou do Grêmio, domingo, foi abrir uma filial da Vivar na Bahia. E se o Flamengo seguir freguês da dupla Gre-Nal, assim, vai ter que abrir outra no Acre, no Amapá, no Pantanal – tudo para ficar longe da corneta dos gaúchos. Posso apostar como faltará ao futebol desta terça-feira.


Nota de utilidade pública: o meio-campo Gustavo ganhou um chapéu novo na terça-feira passada, mas não está o encontrando. Trata-se de um chapéu amarelo, bem rasinho à cabeça.
Quem localizar o chapeuzinho do Gustavo, favor endereçar à casa dos De Lagnezzi.


Ficha técnica:

Com coletes (7): Brito, Leo, Xuxa, Gian, Guilherme, Chicco, Pedra e Diego.
Sem coletes (5): Guido, Anderson, Sylvio, Gustavo, Leandro, Bonamigo, Mateus, Telmo e Zanatta.


Tabela atualizada na seção “Ranking”



quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Uma vitória com a mão dos deuses do futebol

Separados na maternidade: gêmeo de Mário Fernandes,
Gustavo deu velocidade ao meio-campo sem colete

      Um lance pouco convencional foi o divisor de águas no jogo desta terça-feira (18) na Libanesa, em Porto Alegre. A partida marcava o retorno do centroavante Pedra aos gramados, mas a jogada que definiu o placar final partiu dos pés de outro atacante.

O jogo começou disputado, com o time sem coletes atacando em velocidade. Escalada por ninguém menos que Celso Roth, a equipe de amarelo armou um ferrolho com quatro volantes – Xuxa, Chicco, Thiago e Gui – e conseguiu reagir e equilibrar as ações. Foi quando, aos 13 minutos do primeiro tempo, o jogador Thiago deixou o gramado levando a mão às costas: estava descadeirado. Com um a menos para cada lado, o combate ficou ainda mais aberto, e as duas equipes chegavam com perigo.

O jogo corria solto, com pênalti duvidoso para o time sem camisa e gol polêmico após lance faltoso de ataque para o Esquadrão do Quindim. Quando o time de amarelo finalmente conseguiu um empate na raça, suado, com muito esforço, o faro do centroavante Mateus falou mais alto: em uma cobrança de lateral, sem olhar, o camarada atravessou a bola em um lance de pura técnica, um lançamento de mais de 40 jardas, marcando um lendário gol contra. Guido virou Usain Bolt e correu desesperado em direção à sua meta, olhos cariocas arregalados observando com agonia a bola entrar lentamente, mansamente, inevitavelmente, lamentavelmente em sua goleira. Um gol mágico. Um gol trágico. O gol que Pelé não fez.

Mesmo vitoriosa, a dupla sertaneja Leandro e Leonardo estava com as unhas impecáveis e reclamou muito das entradas mais ríspidas do time de amarelo. Ambos partiram da Libanesa direto ao Hugo Beauty, onde realinharam seus esmaltes e aproveitaram para dar um tapa no cabelo. Ao time de colete, restou uma saída triste, cabisbaixa. Desolado, o capitão Xuxa foi para casa assistir seu último DVD da Shakira, prometendo reação para a próxima semana.

O retorno de Pedra teve, enfim, tudo aquilo que se espera de um grande jogo: divididas, golaços, disputa, herói e vilão. E a vitória consagradora dos descamisados.


Nota: Segundo Arnaldo César Coelho, a regra é clara: a Regra 15 da Fifa International Board determina que “um gol não pode ser marcado direto de arremesso lateral“. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Regras_do_futebol)

O presidente do time com colete já está acionando o consultor jurídico do clube, Cláudio Zanatta, para viabilizar uma ação suspensiva do resultado da partida. “Íamos vencer este jogo, o time adversário já estava mais nervoso que a noiva do Mário Fernandes no dia do casamento”, bradou o artilheiro às avessas Mateus.


Dados da partida:
Com colete (8): Guido, Gian, Guilherme, Xuxa, Chicco, Thiago e Mateus.
Sem colete (10): Brito, Leo, Gustavo, JP, Diego, Leandro e Pedra.

Confira a tabela atualizada na seção “Ranking”.


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Empate em jogaço na Libanesa

 
Telmo encontrou seu verdadeiro esporte
Desde o século XVII, apreciadores de futebol de todo o mundo divergem sobre qual é a posição mais importante em uma grande equipe. Pois o jogo da Libanesa da última terça-feira não ajudou a desvendar este mistério: para o time de coletes, munido de uma zaga sólida capitaneada por Léo e Gian, um meio campo habilidoso com a dupla Leandro e Diego e um centroavante inspirado, Mateus, faltou apenas combinar a goleada com o goleiro que estava do outro lado: apesar de seu bom nível, o experiente Sérgio e sua tradicional camisa da Inter de Milão não fizeram nem sombra ao reflexo apurado do carioca Guido e sua hérnia bendita.

Autor de defesas que foram “mó caveira”, Guido não só segurou o resultado para o time sem coletes como quase garantiu a vitória – não fosse o lesionado mas sempre esforçado Xuxa enfiar sua bunda branca e protuberante na trajetória de um arremate de Mateus, aos 48 do segundo tempo. O desvio tirou Guido da jogada e sentenciou um empate justo, mas amargo para o time sem coletes.

É aí que entra outra peculiaridade deste jogo: desfalcado de Zanatta, que tomou três caixas de Toddynho com Limpol na véspera, a equipe sem colete tinha um time muito rápido e dedicado, com Xuxa, Anderson, Chicco e Gustavo correndo muito, mas não tinha centroavante. O time ficou dependente de Carlos Miguel, a quem coube substituir com maestria Telmo, que foi visto surfando na Pinheira – divisa de Pinhal com Cidreira.

Com desfalques no meio-campo, goleiros e centroavante, não poderia haver resultado mais justo que o empate.


Os números:
Sem coletes (10): Guido, Anderson, Xuxa, Gustavo, Convidado, Chicco e Carlos Miguel.
Com coletes (10): Sérgio, Léo, Gian, Dinho Júnior, Leandro, Diego e Mateus.


Confira o ranking atualizado na seção Ranking.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Um muro diante de Carlos Miguel

Carlos Miguel não soube explicar
atuação alienígena de Brito
Danrlei, Clemer, Taffarel, Zetti, Schmeichel e Preud`Homme.
A listagem de grandes goleiros enfrentados por Carlos Miguel enquanto jogador de futebol é extensa, mas nenhum destes arqueiros trouxe tantos problemas ao habilidoso ex-meia gremista quanto o experiente Paulo Brito, do futebol da Libanesa.

Na última terça-feira, enquanto Bruno Dias brincava com seu helicóptero novo na goleira do time sem coletes, Brito fazia milagres na meta do time de vermelho. Contratado às pressas para a partida pelo time sem colete, Miguel tentou, em vão, furar o bloqueio do gigante Paulo Brito, que operou milagres, fez piadas e imitou a dança do Kidiaba.

Após os 12 x 10 ao apito final, o goleiro do time de colete saiu carregado nos braços da torcida, que o conduziu até a Av. Carlos Gomes para um antidoping na Cachaçaria Água Doce. "Respeitem os meus cabelos brancos", bradava Brito.


Os números:
Com Coletes (12): Brito, Léo, Anderson, Guilherme, Gustavo, Leandro e Zanatta.
Sem Coletes (10): Bruno, Guido, Gian, Chicco, Telmo, Carlos Miguel e Mateus.


Confira o ranking atualizado na seção "Ranking".