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O talibã Guido bem que se esforçou, mas não conseguiu a vitória |
Um jogo épico, memorável. Indescritível. Qualquer adjetivo será pequeno para narrar os acontecimentos da noite desta terça-feira, 24 de janeiro de 2012, na Libanesa. Há pessoas que pensam que, no futebol, um grande jogo precisa ter roubo do árbitro. Pois este, incontestavelmente teve.
Outrem pode pensar que, para a partida ser grandiosa, ela deve ter discussão, briga, abandono do gramado ou invasão. E o jogo desta terça teve. Se o ingrediente decisivo para um grande jogo é o número de gols, lá estiveram eles, na Libanesa, aos montes. Se precisa de grandes jogadas e de falhas individuais, então, nem se fala: elas pipocaram por todos os cantos da quadra.
O que nenhum comentarista esportivo jamais imaginou como característica para tornar uma partida histórica, entretanto, só o futebol da Libanesa pode proporcionar: um tagarela à beira do gramado distraindo o goleiro. Ou pior ainda: um goleiro tagarela, distraindo-se com alguém à beira do gramado. Já escrevemos sobre Bruno: trata-se de um sujeito boa-praça, bem relacionado, fanfarrão, despachado, que fala pelos cotovelos. Gente fina.
O Bruno é o cara que perdeu a aliança e ajoelhou-se, interrompendo o futebol e clamando por São Longuinho, na busca desesperada pelo seu anel de compromisso. É o homem do helicóptero de brinquedo, dos colchões ergonômicos. Trata-se de um sujeito de tão fácil trato que ele mesmo puxa papo. Pare ao lado de Bruno, e ele imediatamente balbuciará: “deixa eu te falar...”, e engatar um assunto. E assim se fez: Leandro, nosso manager, passava orientações ao time dos primos Gustavo e Guilherme à beira do campo, quando Bruno chegou no cantinho da goleira e disse: “deixa eu te falar...”. E assim o time de colete empilhou gols em Bruno. De longe. Por cima. Rasteiro. Pelo lado.
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Telmo: tênis errado, discussão e abandono do gramado |
Mas tratava-se, enfim, de um grande jogo, um dos melhores dos últimos meses. Os times equilibravam as ações, o de coletes com um ataque mais agudo, o colorido com mais posse de bola. O time sem coletes chegou a estar quatro gols à frente, mas esmoreceu e permitiu o empate. Foi quando, aos 48 minutos do segundo tempo, Chicco recebeu a bola na pequena área e sofreu falta clara de Xuxa. Pênalti. Discussão daqui, resmungos dali, e o juiz descaradamente apitou, terminando o jogo.
Para a euforia do time de colete, um grande jogo precisa ter, em seu roteiro, um pênalti roubado. Para a equipe sem colete, restou o gosto amargo da vitória que escapou e do pênalti não assinalado. Quem cede o empate quando vencia por quatro gols de vantagem não merece sorte melhor.
Esta é a mais judiciosa sentença dos deuses do futebol.
Perguntar não ofende...
É verdade que o Xuxa e o Telmo estão frequentando o psicólogo do Silvio?
Não passou em branco...
Telmo esqueceu o tênis de futebol. Apresentou-se com o tênis de jogar paddle.
Com o clima de chororô e as discussõezinhas de ontem, não vai demorar pra alguém aparecer com luvas de vale-tudo.
Ficha técnica:
Colete (11): Brito, Leo, Xuxa, Guilherme, Gian, Telmo, Gustavo e Mateus.
Sem colete (11): Bruno, Dimitri, Guido, Fabiano, Anderson, Bonamigo, Chicco e Diego.
Confira a tabela na seção ‘Ranking’.