terça-feira, 30 de outubro de 2012

Jogo 503

Ficha técnica:
Com colete (8): Goleiro, Gian, Leandro, Chicco, Convidado, Guilherme e Zanatta
Sem Colete (8): Bruno, Leo, Bonamigo, Gustavo, Convidado 2, Alexandre e Diego.

* Ranking atualizado

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Como age um grande homem



Dinho, Caçapava, Beto Fuscão, Rivarola, Sandro Goiano e Guiñazu já têm um sucessor à altura, e ele está desfilando sua raça nos gramados da Libanesa. Qualquer atleta pode ter sua perseverança ceifada; todo grande jogador um dia já jogou a toalha e desistiu de tentar a vitória. Menos Cláudio Zanatta.

Instantes antes do jogo 502 do Futebol da Libanesa, ainda no vestiário, Cláudio Zanatta ajeitava as meias e uma pomposa chuteira branca enfeitada. Vestia o colete laranja quando foi alertado: você vai mudar de lado. Zanatta respirou fundo, não queria aquilo. Trocar de time àquela altura desvirtuaria sua concentração, que contempla um estranho ritual: Zanatta chega 15 minutos antes da partida, larga sua mochila no banco do vestiário, faz xixi, senta-se e fica longos 14 minutos se aparamentando. São tornozeleiras, joelheiras, cordinhas, penduricalhos, caneleiras e sua chuteira, branca como a de Ibrahimovic.

O anúncio de que mudaria de time fez Zanatta desesperar-se e, quase que de joelhos, suplicar para ser mantido na equipe de coletes. Com seu desejo atendido, Zanatta vestiu seu cheiroso colete laranja e colocou a faca entre os dentes: fora do lugar pela presença de outro centroavante, Mateus, Zanatta deu um raro exemplo de luta, dedicação, altruísmo e superação.

Foram carrinhos e caneladas para todos os lados jogando de volante. O time perdia todo o tempo, mas Zanatta não deixou de acreditar um só instante. Correu feito um louco e, aos 49 minutos do segundo tempo, escorou cruzamento da direita para garantir um empate heróico, improvável, histórico: 9 x 9.

Cláudio Zanatta, o popular Chiquinho Scarpa do futebol das terças, foi a personificação de um time indignado, insistente. Agiu como agem os grandes homens, com luta e esperança. Ao contrário do que preconizam Neymar, Robinho, Denílson e outros malabaristas, o futebol é um esporte quase sempre justo, uma metáfora da vida. È duro, difícil e requer esforço, mas invariavelmente traz a glória redentora no final. Que o diga Cláudio Zanatta, o homem do sapato branco. Um prêmio ao futebol de verdade.


Jogo 502

Ficha técnica:
Com colete (9): Gustavo, Leo, Anderson, Chicco, Telmo, Zanatta e Mateus.
Sem Colete (9): Guido, Dimitri, Gian, Guilherme, Thiago, Eduardo, Diego e Bonamigo.

* Ranking atualizado




Jogo 501

Ficha técnica:
Com colete (10): Amigo Anderson, Leo, Guilherme, Leandro, Thiago, Diego e Mateus.
Sem Colete (13): Guido, Dimitri, Anderson, Gustavo, Chicco, Bonamigo e Zanatta.

* Ranking atualizado

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Uma história de fé e superação

Jogo 500

A um transeunte distraído, poderia parecer um jogo qualquer. Terça de chuva, quórum fechado na última hora, times divididos: Bonamigo pra cá, Xuxa pra lá, Leandro pra cá, Guido pra lá, e assim por diante. Seria um jogo qualquer, com lances bonitos e feios, com jogadas inusitadas e curiosas. Seria, mas não foi.

O futebol da última terça-feira, na Libanesa, teve dois ingredientes especiais: tratava-se do jogo de número 500 da história deste grupo e, pior ainda, era um jogo fulcral, decisivo, inadiável para Leandro, o presidente.

A história deste jogo precisa ser remontada a partir do longínquo 22 de maio, quando Leandro saíra vitorioso pela última vez de campo. Naquela terça-feira de outono, Leandro Adaime comandou o ataque do time Com Coletes, marcou gols com as duas pernas, empilhou passes precisos e viu sua equipe aplicar 13 x 9 no adversário. Começava, ali, o calvário de um habilidoso meia canhoto: o azarado Leandro entrou em declínio técnico e ficou exatos 16 jogos, ou quatro meses, sem vencer.

Mas a grande virtude de um homem é sua persistência. Na tarde desta terça-feira, 2 de outubro de 2012, o incansável Leandro pegou seu automóvel e dirigiu-se à Santa Maria. Acompanhado pelo fiel escudeiro Guido Adum, ajoelhou-se ante a Arquediocese de Santa Maria e, suplicando à Nossa Senhora Medianeira, pediu a volta do doce sabor de uma vitória.

Foram horas de preces, simpatias, mandingas. Choveram litros d`água em todo o Rio Grande, mas Leandro, agora curado de sua urucubaca, não quis saber: entrou no carro, colocou Guido no porta-malas e rumou, entremeando trovoadas e ventos de 140 km/h, em direção a Porto Alegre, a caminho da Libanesa. Acelerando, para desespero do seu acuado, assustado, apavorado caroneiro.

O resultado deste grande exemplo de superação ficou nítido em campo, em uma das vitórias mais acachapantes da longa e bonita história de 500 jogos da Libanesa. Portanto, prezado leitor, se você quer vencer, siga o exemplo de Leandro: acredite, persista, reze.
Ou leve o goleiro adversário para um passeio radical em Santa Maria.


Ficha técnica:
Com colete (15): Gustavo, Leo, Guilherme, Leandro, Convidado, Bonamigo e Diego.
Sem Colete (6): Guido, Dimitri, Xuxa, Deco, Chicco, Zanatta e Eduardo.


* Ranking atualizado


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Leandro completa quatro meses sem vencer



Jogo 499

Com o empate na última terça-feira (26), Leandro completou seu 16º jogo consecutivo sem vencer: sua última vitória foi em 22 de maio.

Ficha técnica:
Com Coletes (7) – Guido, Leandro, Leo, Xuxa, Gui, Zanatta e convidado
Sem Coletes (7) – Brito, Dimitri, Gian, Gustavo, Ceará, Carlos Miguel e Bonamigo.


* Ranking atualizado