quarta-feira, 26 de março de 2014

Jogo 570



Ficha técnica:
Com Coletes (11): Brito, Eduardo, Guilherme, Xuxa, Chicco e Pedrinho.
Sem Coletes (8): Guido, Gustavo, Leandro, Anderson e Telmo.

* Ranking atualizado

quarta-feira, 19 de março de 2014

Jogo 569



Ficha técnica:
Com Coletes (6): Bruno, Eduardo, Pedro, Leandro, Zanatta, Dimitri e Gustavo.
Sem Coletes (7): Brito, Guido, Xuxa, Gui, Telmo, Anderson e Mateus.

* Ranking atualizado

quarta-feira, 12 de março de 2014

O que é o futebol

Uma vez ouvi uma frase que me marcou: o futebol é a melhor metáfora da vida. Genial. Quem disse isso foi o Peninha, carimbado jornalista gaúcho, quando perguntado sobre o Robinho, então vendido por milhões de euros à Europa sob a esperança merengue de que ali estaria um jogador brilhante, diferenciado. Pois Peninha amaldiçoou a carreira de Robinho, que de lá pra cá amargou os bancos de reserva no Real Madrid e no Milan: “Não vai dar certo. É só uma foca amestrada. Seria gênio em um picadeiro, não em um campo de futebol”, disse o Peninha.

O futebol, concordo com Peninha, é muito mais do que pedalada, está muito acima da firula. Leandro Adaime nos mostrou isso ontem, quando fazia a final do Ranking Número 10 contra Guido e, em campo, passou os 60 minutos de jogo guarnecendo sua zaga com uma faca entre os dentes. Deu carrinho, salvou gol em cima da linha e, ainda assim, seu time empatava amargamente, tolamente, distraidamente, entregando o título ao carioca Guido. Mas o futebol, assim como a vida, é uma caixinha de surpresas. É árduo como a vida, difícil como a vida, brigado como é a vida, mas justo e quase sempre com final feliz, qual a vida. No futebol, vale mais o carrinho perfeito do que o drible improdutivo; na vida, o trabalho é mais importante do que a aparência. No futebol, o desarme está para o futebol como a dedicação está para a vida, e Leandro sabe disso. O futebol e a vida têm caminhos tortuosos, com lágrimas, percalços e poças d`água pelo caminho, mas com glória redentora no final. E assim, aos 48 minutos do segundo tempo, quando a partida morria em um 7 x 7 chocho, o time de coletes recobrou a bola e ofereceu-a a Leandro que, pela primeira vez aventurando-se dentro da área adversária em 60 longos minutos, ajeitou, ajeitou e ajeitou, sob olhar atônito da zaga adversária. Pois Leandro ajeitou a bola mais uma vez e o goleiro ficou gigante em sua frente, com quatro tentáculos abertos para bloqueá-lo: Leandro chutou desajeitado, o Leandro chuta bem melhor do que aquilo, mas aí estava a grande peça que o futebol nos prega, já que Gustavo esperava uma bomba no canto e recebeu uma meia-bomba no contrapé. Gol e o sinal tocando com o fim do jogo, quase simultâneos.

Leandro gritou, urrou, rodopiou em comemoração, arrancou o óculos de Gian, deu um beijo na testa de Xuxa, telefonou para a esposa. É campeão!, gritava. Leandro venceu por seu mérito e esforço e, emocionado, pagou churrasco pra todo mundo no Parrilla Del Sur. Glória redentora no final a Leandro pelo título, e aos demais só restou choramingar a própria falta de esforço – mas de barriga cheia. O futebol é a melhor metáfora da vida.

Jogo 568:

Ficha técnica:
Com coletes (8): Bruno Dias, Leandro, Xuxa, Anderson, Telmo, Guilherme e Mateus.
Sem Coletes (7): Guido, Gian, Dimitri, Eduardo, Chicco, Pedrinho, Gustavo e Zanatta.