sexta-feira, 8 de junho de 2012

Todos contra o Trio Ternura


Jogo 484

Todos contra o Trio Ternura

Parecia um jogo morno: faltavam dois atletas, um para cada lado, devido às lesões de última hora de Xuxa (gravidez psicológica), Mateus (TPM) e Telmo (depressão galopante pós-derrota). Mas qual o quê. A partida foi dura, sofrida e, antes de tudo, emocionante. Teve todos os ingredientes para um grande jogo – a liderança ameaçada de Bonamigo no Ranking, dribles, gols, reversão de placares, ataques, pressões, faltas duras e até ladroagem.

Sim, o time Com Colete enfrentou um 12º jogador (ou melhor, um 7º), já que Bruno Dias, escalado como comentarista oficial da partida, passou o jogo adiantando o relógio marca-placar da Vivar em uma hora (ou seja, alterando o placar em favor do Sem Colete).

Gustavo procurou sua foto no jornal.
Encontrou a de Mário Fernandes
Mas não adiantou, porque a torcida estava atenta e protestou efusivamente. Quando se juntam Bonamigo, Leandro e Bruno, é perigo à vista: o Trio Ternura ataca o adversário por todos os lados em busca da vitória, seja no campo de jogo ou no tapetão. Em campo, o que se viu foi o placar mais justo que aquela noite merecia: um empate repleto de gols, com glória redentora para Guido que, criticado, lançou-se ao ataque e marcou o gol de igualdade para os descamisados. Este é o futebol, um espetáculo de ginga, malemolência e habilidade, mas também de aplicação, força e volta por cima. Guido, o Armandinho-com-Chiado, é sem dúvidas o destaque da semana.

O caçador de jacarés – Foi revelado nesta terça-feira o segredo de Fabiano. “Ceará”, como é conhecido, é realmente um sujeito destemido. Contou o Ceará, nesta terça após o jogo, que certa feita foi convidado a caçar capivaras no sítio de um amigo, em distantes campos do interior do Estado. E aceitou. Lá se foram Fabiano e sua escopeta de cano curto, desbravar misteriosos matagais, atirar em porcos-da-índia indefesos e molhar as canelas em riachos obscuros.

Fabiano e sua luta corporal: balanço positivo
Pois estava o Ceará a carregar uma capivara recém-finada em suas costas, ele jura que o bicho tinha mais de 20 quilos. Rastejava, Fabiano, com aquela ratazana que agora jazia dependurada em seu pescoço; fazia frio e era noite. Foi quando seu amigo, o dono do sítio e acostumado descobridor do local, avisou: “Fabiano, está vendo aquelas duas luzes vermelhas ali adiante?”. Fabiano suspirou: “O que é que tem?”, perguntou. “É um jacaré”, disse o amigo. Foi quando as bolinhas vermelhas submergiram na água enlameada e sumiram. O jacaré mergulhara na direção dos dois. Naquele instante o mundo parou: Fabiano, assustado, olhou para o porco que grunhia em suas costas, e foi aí mesmo que pareceu jorrar mais sangue de suas vísceras.

O jacaré estava escondido, e Fabiano, assustado. Petrificado, nem se mexia. “Não adianta correr”, completou o amigo. Foi quando duas luzes amarelas fortíssimas cegaram Fabiano, que rezou dois Pais-Nossos e se ajoelhou pedindo clemência a Deus e a remissão de seus pecados. Misericórdia, estava chegando a sua hora, pensou. Fabiano esperou, trêmulo e chorando, a bocada do jacaré que lhe cortaria ao meio as tripas, mas em vez disso sentiu um abraço e um solavanco. Um afago forte por trás que tirou-lhe daquele riacho. Era um outro amigo que, percebendo seu pavor, mostrou-lhe o caminho de saída. O salvador. O Messias. Fabiano estava são e salvo e, mais do que isso, apaixonado. Perdeu aquela carne nobre de capivara, agora afundada no riacho e certamente cardápio do jantar de um grande jacaré. Mas ganhou de volta sua vida e, acima de tudo, uma história de afeto e carinho pra contar. Dá-lhe Ceará!



Ficha técnica:
Com colete (14): Lucas, Otávio, Leozinho, Fabiano, Chicco e Guilherme.
Sem colete (14): Thiago, Gian, Guido, Gustavo, Leandro e Bonamigo.


* Ranking atualizado
* Nota: há que se registrar a parceria do Brunão, que mesmo machucado compareceu para zoar com a galera!

Nenhum comentário:

Postar um comentário