quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Presente de grego




Jogo 514


Meu primeiro jogo na Libanesa foi curioso. Na saída, ao final da partida, um sujeito magro e simpático se aproximou de mim e disse, em alto e bom carioquês: “Marcar o seu irmão é mó caveira”. Tratava-se de Guido Adum.

À primeira impressão, Guido pode ser confundido com um viril e atento zagueiro legitimamente gaúcho. Ainda que não seja violento, é agressivo na marcação, chato de ser despistado, insistente e, benzadeus!, qualquer avante do Campeonato Gaúcho de Futebol sentiria saudade de Darzone e Rivarola se marcado fosse por este homem.

Pois quando Bruno Dias ficou gordo e seus joelhos viraram bilboquês e quando Homero Colvara encerrou a carreira e quando a última alternativa era um anão amigo do Xuxa, então Guido revelou um outro lado de seu chiado futebol: o reflexo apurado de um goleiro quase instransponível.

O jogo desta terça-feira foi carregado de sotaque: no dia de seu aniversário, Brito fez uma ótima partida, mas Guido talvez tenha operado os maiores milagres de sua vida. Um presente de grego que foi decisivo para a vitória do time Sem Colete. Mó caveira.



Ficha técnica:
Com Colete (9): Brito, Eduardo Marckmann, Dimitri, Leandro, Guilherme, Bonamigo, Telmo, Pedro e Mateus.
Sem Colete (11): Guido, Leo, Anderson, Xuxa, Chicco, Alexandre, Pedra e Gustavo.

* Ranking atualizado

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