Jogo 514
Meu primeiro jogo na Libanesa foi curioso. Na saída,
ao final da partida, um sujeito magro e simpático se aproximou de mim e disse,
em alto e bom carioquês: “Marcar o seu irmão é mó caveira”. Tratava-se de Guido
Adum.
À primeira impressão, Guido pode ser confundido com um
viril e atento zagueiro legitimamente gaúcho. Ainda que não seja violento, é
agressivo na marcação, chato de ser despistado, insistente e, benzadeus!, qualquer
avante do Campeonato Gaúcho de Futebol sentiria saudade de Darzone e Rivarola
se marcado fosse por este homem.
Pois quando Bruno Dias ficou gordo e seus joelhos viraram
bilboquês e quando Homero Colvara encerrou a carreira e quando a última
alternativa era um anão amigo do Xuxa, então Guido revelou um outro lado de seu
chiado futebol: o reflexo apurado de um goleiro quase instransponível.
O jogo desta terça-feira foi carregado de sotaque: no
dia de seu aniversário, Brito fez uma ótima partida, mas Guido talvez tenha
operado os maiores milagres de sua vida. Um presente de grego que foi decisivo
para a vitória do time Sem Colete. Mó caveira.
Ficha
técnica:
Com Colete (9): Brito, Eduardo Marckmann, Dimitri,
Leandro, Guilherme, Bonamigo, Telmo, Pedro e Mateus.
Sem Colete (11): Guido, Leo, Anderson, Xuxa, Chicco,
Alexandre, Pedra e Gustavo.
* Ranking atualizado
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