quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Aquecendo as canelas

O maratonista Leandro foi um dos
destaques do time de colete
Jogo 462

13/12/11


Em um jogo de poucos gols, o time de coletes devolveu à Gustavo a liderança do Ranking.

Ficha técnica:
Com Colete (7): Brito, Leandro, Anderson, Gustavo, Betinho, Mateus e Fabiano.
Sem colete (6): Bruno, Leo, Zanatta, Pedra, Gui, Xuxa, Bonamigo e Gian.

* Ranking atualizado




E atenção:
Na próxima semana, preparem suas caneleiras, porque o jogo é contra Dinho.
Dia 20 de dezembro, o evento vai começar às 19h45, e culminará com um churrasco de confraternização com o pessoal do horário anterior.


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Superbia

JOGO 461 - 06/12/11

O ano era 1239, e o jovem Tomás de Aquino passava seus dias a escrever teorias. Escreveu sobre a perfeição dos seres, escreveu sobre a relação causa e efeito, escreveu e escreveu e escreveu.  Aos 14 anos, entretanto, escreveu sobre seu tema mais relevante. Debruçou-se sobre aquilo que, cem anos depois, seria sentenciado pela Igreja Católica como o sétimo Pecado Capital. Em bom português, a Soberba.

Algumas pessoas passarão seu curto período na Terra arraigadas a este mal. É um problema que em nada tem a ver com caráter – ao contrário, na grande maioria das vezes, acomete os melhores indivíduos. Amigas, afáveis, por vezes discretas, estas pessoas perderão anos de amizades, dezenas de chopes com os companheiros de futebol, incontáveis festas, milhares de boas risadas e divinos momentos com os seus, simplesmente pela mera condição de considerarem-se acima do bem e do mal. Não podem, em hipótese alguma, serem contrariadas, mas seu primeiro ato instintivo é, via de regra, o da contrariedade. Afinal, eu sou melhor que você. Meu carro é melhor, ou meu sorriso é mais bonito. Meu cargo me permite. Minha bola é cheia, e minha verdade, a definitiva.

A Lei Divina, nestes casos, não é justa. Normalmente, quando a ficha cair, terá sido tarde demais. As festas terão passado, os amigos também. O choque de realidade acontece pelo viés mais torto: você só precisa de Deus quando, ao sair do jogo do seu time, enfia suas oito costelas em seus pulmões e acorda em uma CTI. Só precisa dos amigos quando seu problema cresceu. Só se sujeita às críticas se estiver precisando dos seus críticos. Aceita o diagnóstico médico porque precisa dele para sobreviver. É uma pena.

O mundo precisa de mais Brunos Dias e Britos, invariavelmente brincalhões. Precisa de gentis e sempre sorridentes Leonardos, Gustavos, Guilhermes. Da serenidade de Andersons, Telmos, Dimitris, Diegos, Fabianos e Gians. Precisamos de mais pensadores firmes, mas ponderados, novos Pedros, Leandros, Zanattas, Pedras. A vida pede mais homens de sangue quente, mas que levam a amizade e a honradez acima de tudo: Xuxas, Guidos, Bonamigos, Dinhos e Guinazus.

Desejo a todos os meus amigos que um dia experimentem, mas sem ter passado por semelhante situação, a doce e sublime sensação de jogar futebol com seu irmão após senti-lo chorando 11 dias aos pés de sua CTI, clamando por sua recuperação. É uma relação visceral, que não tolera a Soberba.

Superbia. Um pecado tão grandioso que Tomás de Aquino julgou fora de série e alertou: deveria ser tratado em separado do resto e merecendo uma atenção especial. O sétimo Pecado Capital.

Mas nada e nenhum mal pode vencer o tempo, senhor de nosso destinos.
Essa é uma sentença irrefutável da vida.
Sem direito a recorrer da decisão.



Ficha técnica:

Com Colete (10): Brito, Sylvio, Anderson, Xuxa, Fabiano, Chicco, Telmo e Pedra.
Sem Colete (9): Gustavo, Gian, Leo, Guilherme, Bonamigo, Leandro e Mateus.

Ranking Atualizado

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O defensor gentil


JOGO 460 – 29/11/12

Certa vez o jornalista David Coimbra perguntou a Dinho qual era o segredo do entrosamento do meio-campo do Grêmio. O Cangaceiro sorriu levemente e respondeu, sem titubear: “Simples: se o adversário passava pelo Goiano, por mim não passaria. Esse era o trato”. O mesmo Dinho que, na semana que vem, deverá jogar contra a nossa turma em um torneio organizado pelo Brito, com o pessoal do horário anterior. Já posso até vislumbrar Dinho escrevendo seu nome nas finas canelas do Gustavo, com chuteiras de Gilette. Ainda segundo este mesmo Dinho, o Cangaceiro, a diferença entre ele e o Goiano era que, atleta de Cristo, o Goiano “batia e pedia desculpas”, e ele não.

Antes de conhecer o Goiano, Dinho pensava que um grande defensor não poderia ser gentil: via de regra, o atacante é mais habilidoso que o zagueiro, e por isso o defensor deve se impor pelo psicológico, pela força. Ser, enfim, politicamente incorreto. Pois na semana passada, o time sem colete foi escalado, capitaneado e conduzido por Leo, que assim como Goiano, é um batedor gentil. Leo é sorridente, Dinho é sério. Leo é simpático e carinhoso com os amigos, Dinho é avesso a amizades. Leo é doce e fino e Dinho, amargo e rude. Leo toma clericot aos sábados, Dinho cachaça. Leo cultiva uma vultosa e aparada cabeleira, Dinho é completamente calvo. Leo bate e pede desculpas. Um líder que se impõem pelos bons modos.

E este brio suave e a liderança serena de Leo incendiaram o time sem coletes, terça passada: o jogo foi equilibrado até o último quarto da partida, quando o Sem Colete se entregou para o desgaste físico. Vindos de lesão, Sylvio e Betinho lutaram bravamente, mas não conseguiram conter os avanços de Xuxa pela esquerda e Guilherme pela direita. Do outro lado, Gian e Dimitri estavam duas paredes, e impediam os chutes de média distância de Gustavo, Leandro e Bona. Brito foi firme, mas Bruno, o Cauã Reymond em King Size, também – a não ser pelos gols sofridos de saída do meio-campo, por cobertura.

Leandro não conseguiu furar o
bloqueio do Com Colete
O time com colete aproveitou o cansaço adversário e conquistou os 3 pontos no final. Mesmo derrotado, o zagueirão Leo, 1,90m, foi brindar a vitória dos adversários em churrasco na casa de Bruno. Um gentleman que nos ensina a cada terça-feira que na vida, em qualquer circunstância, temos que saber ganhar e perder.

Mas com o cabelo bem apanhado e tomando clericot.



Ficha técnica:

Com colete (11): Brito, Dimitri, Gian, Xuxa, Guilherme, Chicco e Mateus.
Sem colete (9): Bruno Dias, Leo, Sylvio, Betinho, Bonamigo, Gustavo e Leandro

Ranking atualizado


terça-feira, 29 de novembro de 2011

Uma vitória com a espessura de um dedo


JOGO 459 - 22/11/2011

Nenhum homem posicionado a oeste do Meridiano de Greenwich é capaz de entender perfeitamente as mulheres. Nenhum.

Para as mulheres, tomar cerveja com os amigos depois do futebol da terça é um pecado capital. Para as mulheres, preferir ir ao jogo do time do coração a visitar a sogra no domingo é algo injustificável. Para as mulheres, urinar na rígida superfície da tampa do vaso sanitário pode desencadear uma briga. Jogar a cueca atrás da porta depois do banho, nem se fala. Perder uma aliança de ouro branco que custou os olhos da cara, então, é sinônimo de divórcio.

O Bruno Dias é um sujeito corpulento. Boa-praça, o Bruno Dias é um daqueles amigos que estão sempre sorrindo e brincando, um daqueles sujeitos grandalhões que estão voltimeia dançando suas dezenas de quilos em cima dos sofridos joelhos. O Bruno Dias, enfim, não para quieto. E, apesar de exibir um vistoso corpanzil – seu peso atinge a casa dos três dígitos –, o Bruno Dias tem um dedinho-anelarzinho bem magrinho. Um dedinhozinho da nada, bem fininho.

Que azar, o do Bruno Dias. Sofre de nanismo justo no dedo mais importante para a sobrevivência de um casamento: o anelar. E foi numa dessas espalhafatosas (mas às vezes providenciais) saídas do gol que o Bruno Dias operou um milagre na terça-feira passada: espalmou a bola e lançou sua aliança de casamento caríssima para cima. As duas coisas ao mesmo tempo. Deu-se o pânico na Libanesa: o Bruno perdeu a aliança e teve que sair do jogo, ajoelhando-se feito um cão farejador em busca do tesouro sumido.


A esta altura, o jogo estava soberanamente dominado pelo time sem colete. Mas foi então que, apiedados da situação de Bruno, os jogadores da equipe de colete reagiram. E atacaram e diminuíram a vantagem e empataram. E viraram. Quando o time sem colete buscou a reação novamente, soou o gongo e a partida estava terminada.

Como prêmio de consolação, o capitão do sem colete, Leo, precisou de pouco mais de 30 segundos para encontrar a aliança, engatada caprichosamente em um ferro da grade protetora do campo, salvando o casamento de Bruno Dias. A paz estava estabelecida, e a partida, terminada.

No futebol da Libanesa, assim como na vida, o ditado prevalece: por mais finos que eles sejam, ficam os dedos, e em qualquer sinal de distração, vão-se os anéis. Ou as vitórias. Ou as mulheres.

Ficha técnica:
Com colete (11): Bruno, Dimitri, Gian, Guilherme, Bonamigo, Chicco e Zanatta (Diego do Xuxa)
Sem colete (9): Brito, Leo, Xuxa, Gustavo, Leandro, Diego Possebon e Mateus (Telmo)

Ranking atualizado


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Uma vitória para Deodoro da Fonseca

Quando anuncia-se um feriado, a turma já sabe: vai faltar gente pro futebolzinho da Libanesa. Não foi o que aconteceu na última terça-feira (15), quando, inspirados pelo espírito da Proclamação da República no Brasil, 15 valentes jogadores honraram o colete sagrado do jogo das terças.

O número excedente acabou sendo necessário, já que o convidado Dudu Cabral torceu o joelho em lance na linha de fundo, no começo da partida. Em uma vitória sem qualquer possibilidade de contestação, o time com colete se impôs do primeiro ao último minuto, deixando até o Sylvio tranquilo, calminho, calminho. Pouco exigido no gol, Gustavo não sossegou enquanto não foi pra linha e se vingou de Chicco, aplicando-lhe uma bonita janelinha.

Disposição de Bonamigo não bastou para o sem colete
Mesmo com a disposição dos recém-contratados Bruno Dias, que se atrasou 20 minutos mas exibiu a mesma boa forma dos velhos tempos (sem trocadilho, pessoal!), e Bonamigo, que fez jus à sua fama de raçudo com um strike antológico, em que derrubou 7 oponentes em um único movimento (touch down!), a equipe sem colete passou por maus bocados.

O rei do Mocassin – Carente na defesa, o único zagueiro do time, amigo do Bruno, não conseguiu conter os avanços de Mateus, Leandro e cia. Foi ele, aliás, quem protagonizou uma das maiores bizarrices dos 10 anos de história desse futebol, ao calçar sem pedir os sapatos de festa do convidado TH, que estavam ao lado do campo. “Se eu tivesse deixado ali um terno e uma gravata, tenho a impressão de que ele também vestiria”, suspirou o convidado, que só notou a falta dos seus sapatos quando viu o gaiato tirando-os do pé, ao apito final do juiz.


O feriado marcou, enfim, uma vitória acachapante por 13 a 8, em uma batalha desigual que em nada lembrou as honrosas, difíceis e árduas conquistas democráticas do Marechal Deodoro da Fonseca e sua trupe anti-imperialista do século 18. Se em geral o 15 de novembro é lembrado como o dia da Proclamação da República, na Libanesa foi um incontestável Dia de Rei para o time com colete.

Ficha:
Com colete (13): Gustavo (depois Amigo do Telmo), Sylvio, Gian, TH, Dudu, Leandro e Mateus.
Sem colete (8): Bruno Dias, Amigo do Bruno, Amigo do Telmo, Chicco, Bonamigo, Telmo e Zanatta.

* Ranking atualizado


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O que realmente importa em um time de futebol

O jogo estava perdido. Só os mais fanáticos gremistas sabem o quanto era envolvente o trio terminal do Boca Juniors, formado por Riquelme, Palácios e Martin Palermo. Aos 12 minutos do segundo tempo, entretanto, quando a vitória argentina já era inevitável, a Bombonera conheceu a ira de Sandro Goiano. O lateral Ibarra ciscou duas vezes com a bola quicando em frente ao volante do Grêmio, que não teve dúvidas: desferiu uma voadora no queixo do castelhano. Nocaute.

O lance não evitou a derrota do Grêmio naquela final de Libertadores, mas lavou a alma dos torcedores. No futebol, como em quase tudo na vida, a capacidade de indignação e a força de vontade são muito mais importantes do que a qualidade técnica. E foi justamente uma sensação de que “não vai dar pra buscar” que ocasionou a derrota do time sem coletes, terça-feira passada, na Libanesa.

Separados na maternidade: Guilherme e o ator André Gonçalves
Um meio-campo formado por Xuxa, Guilherme e Leandro deveria ter capacidade de criação, com avanços pelos dois lados e pelo meio. E um ataque com o Pedra e o Zanatta, faro de gols. Mas o jogo transcorreu por 60 longos minutos, e o time sem colete passou os 60 minutos achando que não daria pra chegar. E não deu.

O problema se agravou quando o Pedra quebrou o pé ao meio. O peito do pé do Pedra é preto. O time sem colete permitiu a condução de bola a passos firmes de Telmo, a decisão e o acabamento de Mateus, as chegadas de Gian e Anderson. E não conseguiu quase nunca furar a defesa capitaneada por Léo e muito bem vigiada pelo atento Gustavo – que foi uma espécie de Guido sem falar chiado. Aliás, se chiar resolvesse, Sonrisal não morria afogado.

Dimitri tentou se virar, Xuxa pediu o fim do jogo e Zanatta não conseguiu sair da marcação. É bem verdade que a sorte e a trave muitas vezes não ajudaram o time de colete – que parecia estar com a cabeça distante, talvez com saudades de Bruno, Bonamigo e companhia (por favor voltem, e façam Leandro, Pedra e Zanatta voltarem a sorrir).

Telmo conduziu time de colete
Léo não desiste do seu penteado, Bruno não desiste do seu helicóptero de brinquedo, Xuxa não desiste de sua cueca de oncinha. A vida invariavelmente premia os guerreiros e os resistentes. Sandro Goiano, um indignado por natureza, ganhou faixa no Olímpico e é saudado até hoje pelos gremistas.

No futebol, assim como na vida, a vontade de vencer é muito mais importante que a qualidade técnica.


Ficha técnica:
Com coletes (13): Gustavo, Leo, Anderson, Gian, Telmo, Chicco e Mateus.
Sem coletes (5): Brito, Dimitri, Xuxa, Guilherme, Leandro, Zanatta e Pedra.

Ranking atualizado na seção “Ranking”.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Um dia para ser esquecido


Os mais de 400 jogos de glórias do futebol da Libanesa foram severamente desrespeitados na última terça. As regras invariavelmente mantidas, o equilíbrio dos embates e a qualidade do espetáculo foram deixadas de lado pelos 12 quebradores de bola que, em uma noite pouco inspirada, protagonizaram um jogo lamentável sob os olhares atônitos da torcida, que compareceu em peso.

Mesmo sem grande brilhantismo, a equipe de colete comandou o jogo do primeiro ao último minuto, aproveitando-se da péssima jornada do time colorido. O fracasso começou antes do jogo, quando Gustavo, com medo de levar mais chapeuzinhos, simplesmente desapareceu; e Mateus, intimidado por sua má colocação no Ranking, ficou comendo pizza.

A coisa estava tão feia para o time sem colete que, lá pelas tantas, o magistrado Sylvio sentenciou a um adversário: “Tu és um mau caráter! Tens que te acusar quando fizer um pênalti, tchê! Seu descarado!”, e esta foi a expressão mais suave ouvida em campo. Léo tentou amenizar: “Calma, Sylvio. Calma....”. Mas, a par das discussões, o time seguia apanhando do rival.

A tragédia só não foi maior porque Pedra descobriu sua verdadeira função: bater de tiro livre de futebol americano. O cara acertou dois chutes de 60 jardas, do outro lado do campo, e amenizou a fiasqueira. Gian fechou o placar de 11 x 6 com um chute na gaveta, indefensável para Brito, e comemorou girando o óculos  no ar. Um laçador de miopias. Um Beto Carreiro das dificuldades de visão. Golaço.

Zanatta queria churrasco após o jogo mas, na noite da última terça, a única carne duramente espetada foi a do time sem colete.
Uma noite, enfim, mal passada para os amantes do futebol arte.

Ficha técnica:
Sem colete (6): Brito, Leo, Sylvio, Gordinho, Chicco e Pedra.
Com colete (11): Goleiro convidado, Anderson, Xuxa, Gian, JP e Zanatta.

Tabela Atualizada na seção “Ranking”


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

As surpresas que um grande jogo esconde


Casa cheia, chuva forte, último jogo do mês, Ranking disputado. Os ingredientes do jogo da terça-feira passada, dia 25, davam um verdadeiro tom de Gauchão ao futebol da Libanesa. Dinho já afiava suas chuteiras para apóia-las no pescoço dos avantes mais serelepes, mas não precisou jogar: o trânsito insuportável da capital gaúcha não venceu a fome de bola dos peladeiros, que lá estavam, perfilados, 17 valentes jogadores, pontualmente às 21h, esperançados da vitória.

O jogo começou eletrizante, e a constante troca de jogadores do sistema cinco-minutos-pra-cada-um dava contrastes à partida: ora o time de colete mostrava superioridade, ora era avassaladoramente atacado.

E foi exatamente assim que começou o jogo: no time sem colete, os novos papais Leandro, Mateus, Zanatta e Bonamigo abandonaram suas esposas em casa, deixaram de lado as fraldas sujas, as crianças chorosas e as noites mal-dormidas, e iniciaram com um acachapante 4 x 1. O capitão Léo, do time amarelo, não escondia sua frustração e sensação de impotência diante dos passes sinuosos do quadrado mágico sem colete.

Mas, aos poucos, o quadrado mágico foi virando um redondo trágico, e os amarelos chegaram lá. Com a bravura dos grandes, com a solidez de Léo, Gian e Guilherme e as boas defesas de Brito, o time de coletes virou espetacularmente para 7 x 5. Xuxa, que é dentista mas nas horas vagas trabalha como gogo boy (como prova a foto ao lado), tentava seduzir a meta de Guido com uma samba-canção da Tommy Hilfiger e seus já tradicionais chutes de dedão. O meio-campo funcionava e Pedra fazia a parede. O time conseguiu manter a vitória até o final, uma vitória consagradora que comprova, mais do que nunca, que o futebol é uma caixinha de surpresas.
E que o guarda-roupas do Xuxa também é.


Bruno vai se esconder no mato e até já reforçou
seu estoque de repelente
Bruno não apareceu, e contrariado com o sacode que o Flamengo levou do Grêmio, domingo, foi abrir uma filial da Vivar na Bahia. E se o Flamengo seguir freguês da dupla Gre-Nal, assim, vai ter que abrir outra no Acre, no Amapá, no Pantanal – tudo para ficar longe da corneta dos gaúchos. Posso apostar como faltará ao futebol desta terça-feira.


Nota de utilidade pública: o meio-campo Gustavo ganhou um chapéu novo na terça-feira passada, mas não está o encontrando. Trata-se de um chapéu amarelo, bem rasinho à cabeça.
Quem localizar o chapeuzinho do Gustavo, favor endereçar à casa dos De Lagnezzi.


Ficha técnica:

Com coletes (7): Brito, Leo, Xuxa, Gian, Guilherme, Chicco, Pedra e Diego.
Sem coletes (5): Guido, Anderson, Sylvio, Gustavo, Leandro, Bonamigo, Mateus, Telmo e Zanatta.


Tabela atualizada na seção “Ranking”



quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Uma vitória com a mão dos deuses do futebol

Separados na maternidade: gêmeo de Mário Fernandes,
Gustavo deu velocidade ao meio-campo sem colete

      Um lance pouco convencional foi o divisor de águas no jogo desta terça-feira (18) na Libanesa, em Porto Alegre. A partida marcava o retorno do centroavante Pedra aos gramados, mas a jogada que definiu o placar final partiu dos pés de outro atacante.

O jogo começou disputado, com o time sem coletes atacando em velocidade. Escalada por ninguém menos que Celso Roth, a equipe de amarelo armou um ferrolho com quatro volantes – Xuxa, Chicco, Thiago e Gui – e conseguiu reagir e equilibrar as ações. Foi quando, aos 13 minutos do primeiro tempo, o jogador Thiago deixou o gramado levando a mão às costas: estava descadeirado. Com um a menos para cada lado, o combate ficou ainda mais aberto, e as duas equipes chegavam com perigo.

O jogo corria solto, com pênalti duvidoso para o time sem camisa e gol polêmico após lance faltoso de ataque para o Esquadrão do Quindim. Quando o time de amarelo finalmente conseguiu um empate na raça, suado, com muito esforço, o faro do centroavante Mateus falou mais alto: em uma cobrança de lateral, sem olhar, o camarada atravessou a bola em um lance de pura técnica, um lançamento de mais de 40 jardas, marcando um lendário gol contra. Guido virou Usain Bolt e correu desesperado em direção à sua meta, olhos cariocas arregalados observando com agonia a bola entrar lentamente, mansamente, inevitavelmente, lamentavelmente em sua goleira. Um gol mágico. Um gol trágico. O gol que Pelé não fez.

Mesmo vitoriosa, a dupla sertaneja Leandro e Leonardo estava com as unhas impecáveis e reclamou muito das entradas mais ríspidas do time de amarelo. Ambos partiram da Libanesa direto ao Hugo Beauty, onde realinharam seus esmaltes e aproveitaram para dar um tapa no cabelo. Ao time de colete, restou uma saída triste, cabisbaixa. Desolado, o capitão Xuxa foi para casa assistir seu último DVD da Shakira, prometendo reação para a próxima semana.

O retorno de Pedra teve, enfim, tudo aquilo que se espera de um grande jogo: divididas, golaços, disputa, herói e vilão. E a vitória consagradora dos descamisados.


Nota: Segundo Arnaldo César Coelho, a regra é clara: a Regra 15 da Fifa International Board determina que “um gol não pode ser marcado direto de arremesso lateral“. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Regras_do_futebol)

O presidente do time com colete já está acionando o consultor jurídico do clube, Cláudio Zanatta, para viabilizar uma ação suspensiva do resultado da partida. “Íamos vencer este jogo, o time adversário já estava mais nervoso que a noiva do Mário Fernandes no dia do casamento”, bradou o artilheiro às avessas Mateus.


Dados da partida:
Com colete (8): Guido, Gian, Guilherme, Xuxa, Chicco, Thiago e Mateus.
Sem colete (10): Brito, Leo, Gustavo, JP, Diego, Leandro e Pedra.

Confira a tabela atualizada na seção “Ranking”.


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Empate em jogaço na Libanesa

 
Telmo encontrou seu verdadeiro esporte
Desde o século XVII, apreciadores de futebol de todo o mundo divergem sobre qual é a posição mais importante em uma grande equipe. Pois o jogo da Libanesa da última terça-feira não ajudou a desvendar este mistério: para o time de coletes, munido de uma zaga sólida capitaneada por Léo e Gian, um meio campo habilidoso com a dupla Leandro e Diego e um centroavante inspirado, Mateus, faltou apenas combinar a goleada com o goleiro que estava do outro lado: apesar de seu bom nível, o experiente Sérgio e sua tradicional camisa da Inter de Milão não fizeram nem sombra ao reflexo apurado do carioca Guido e sua hérnia bendita.

Autor de defesas que foram “mó caveira”, Guido não só segurou o resultado para o time sem coletes como quase garantiu a vitória – não fosse o lesionado mas sempre esforçado Xuxa enfiar sua bunda branca e protuberante na trajetória de um arremate de Mateus, aos 48 do segundo tempo. O desvio tirou Guido da jogada e sentenciou um empate justo, mas amargo para o time sem coletes.

É aí que entra outra peculiaridade deste jogo: desfalcado de Zanatta, que tomou três caixas de Toddynho com Limpol na véspera, a equipe sem colete tinha um time muito rápido e dedicado, com Xuxa, Anderson, Chicco e Gustavo correndo muito, mas não tinha centroavante. O time ficou dependente de Carlos Miguel, a quem coube substituir com maestria Telmo, que foi visto surfando na Pinheira – divisa de Pinhal com Cidreira.

Com desfalques no meio-campo, goleiros e centroavante, não poderia haver resultado mais justo que o empate.


Os números:
Sem coletes (10): Guido, Anderson, Xuxa, Gustavo, Convidado, Chicco e Carlos Miguel.
Com coletes (10): Sérgio, Léo, Gian, Dinho Júnior, Leandro, Diego e Mateus.


Confira o ranking atualizado na seção Ranking.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Um muro diante de Carlos Miguel

Carlos Miguel não soube explicar
atuação alienígena de Brito
Danrlei, Clemer, Taffarel, Zetti, Schmeichel e Preud`Homme.
A listagem de grandes goleiros enfrentados por Carlos Miguel enquanto jogador de futebol é extensa, mas nenhum destes arqueiros trouxe tantos problemas ao habilidoso ex-meia gremista quanto o experiente Paulo Brito, do futebol da Libanesa.

Na última terça-feira, enquanto Bruno Dias brincava com seu helicóptero novo na goleira do time sem coletes, Brito fazia milagres na meta do time de vermelho. Contratado às pressas para a partida pelo time sem colete, Miguel tentou, em vão, furar o bloqueio do gigante Paulo Brito, que operou milagres, fez piadas e imitou a dança do Kidiaba.

Após os 12 x 10 ao apito final, o goleiro do time de colete saiu carregado nos braços da torcida, que o conduziu até a Av. Carlos Gomes para um antidoping na Cachaçaria Água Doce. "Respeitem os meus cabelos brancos", bradava Brito.


Os números:
Com Coletes (12): Brito, Léo, Anderson, Guilherme, Gustavo, Leandro e Zanatta.
Sem Coletes (10): Bruno, Guido, Gian, Chicco, Telmo, Carlos Miguel e Mateus.


Confira o ranking atualizado na seção "Ranking".