Jogo 478
Um por todos e todos por um
Você
pode ganhar um jogo de tênis sozinho. Pode vencer uma luta de boxe com as
próprias mãos. Se conquistar o campeonato mundial de solo de ginástica, será
por seus méritos, ainda que toda uma equipe trabalhe junto por esta conquista.
Mas
no futebol, não. Jamais alguém decidirá sozinho. Neymar só é Neymar porque
Arouca corre uma média de 12 quilômetros por jogo, desarmando meias rivais e
entregando a bola para o prodígio santista. Messi só é Messi porque tem Xavi,
Iniesta e, por quê não?, Puyol. Prova disso é seu naufrágio sistêmico na
seleção argentina, a pobre e fraca seleção argentina.
Quando
as coisas não acontecem no futebol, normalmente algumas individualidades estão
aquém do esperado: mas, quando a derrota é acachapante, humilhante, destruidora
e vexatória, certamente é culpa do coletivo. Não adianta chilique do Xuxa,
esforço descomunal do Guido e do Anderson, nem reclamação do Bruno e do Bona,
se Chicco, Telmo e todos estão mal. Não há crítica pública ou talento que
resistam a uma equipe desorganizada.
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Xuxa tomou janelinha e ficou zangado: vai tomar mais 2 semana que vem! |
Quando
um time perde de forma incontestável, normalmente há uma equipe inspirada no
outro lado. E foi justamente assim nesta terça, quando Brito foi impecável, Leo
McGyver e Leo Latino deram rigidez à zaga, Guilherme, Fabiano e Leandro
garantiram sobriedade ao meio-campo e Mateus foi o artilheiro de sempre.
Contra
os fatos, não há argumentos, reza o clichê: mais que criticarmos uns aos
outros, é hora do time B parar de ter siricutico, sacudir a poeira e dar a volta
por cima.
Ficha técnica:
Com Colete (13): Brito, Leo,
Leozinho, Guilherme, Fabiano, Leandro e Mateus.
Sem Colete (2): Bruno,
Guido, Anderson, Xuxa, Telmo, Chicco e Bonamigo.
*Ranking atualizado
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